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Novo estudo diz que vacinas podem proteger contra vários tipos de coronavírus

Uma vacina universal pode ajudar o sistema imune a reconhecer rapidamente os betacoronavirus

Uma vacina universal pode ajudar o sistema imune a reconhecer rapidamente os betacoronavirus

No estudo publicado essa semana na revista Nature, os cientistas focaram nos betacoronavírus, os vírus de um gênero de coronavírus que causaram - além da pandemia atual de COVID - surtos recentes como a de SARS em 2003 e a de MERS em 2012. Os vírus desse gênero usam o receptor ACE2, presente nas membranas de células dos pulmões, artérias, coração, rim e intestino e tem alto risco de causar novas epidemias no futuro.

Por isso, uma vacina universal pode ajudar o sistema imune a reconhecer rapidamente os betacoronavirus e a bloquear os receptores ACE2 com anticorpos neutralizantes para que o vírus não consiga se ligar e, assim, não se replicar no corpo.

O grupo comparou macacos não vacinados, macacos vacinados com a vacina que eles desenvolveram (feita de nanopartículas contendo cópias da proteína Spike) e macacos vacinados com análogos às vacinas de RNA usadas nos Estados Unidos, como a da Pfizer e Moderna. Mediram em cada macaco as respostas a 3 tipos de betacoronavírus e a 3 variantes do SARS-CoV-2 (a de Wuhan, da África do Sul e a de Manaus)

Nos resultados, eles mostraram que nenhum dos macacos vacinados tinha o vírus no pulmão. Mostraram também que a vacina de nanopartículas é melhor do que as de RNAm em induzir anticorpos neutralizantes. Além disso, as 2 vacinas foram eficazes contra as variantes, mas menos: a vacina de nanopartículas induziu 3x menos anticorpos contra todas as variantes, enquanto a vacina de RNA induziu 6x menos contra a variante da África do Sul e 10x menos contra a de Manaus, chamada de P1.