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Metodologia e calibração do Modelo de Dispersão do Coronavírus (MD Corona)

O modelo de dispersão do coronavírus (MDCorona) simula no ambiente Netlogo a dispersão do coronavírus numa localidade determinada pelo usuário, considerando diversos períodos de imunidade gerados pela vacinação. Esta é a versão 6.0, modificada para incluir agentes vacinados e a percentagem  de imunes iniciais. 

O modelo de dispersão do coronavírus (MDCorona) simula no ambiente Netlogo a dispersão do coronavírus numa localidade determinada pelo usuário, considerando diversos períodos de imunidade gerados pela vacinação. Esta é a versão 6.0, modificada para incluir agentes vacinados e a percentagem  de imunes iniciais. 

O período da imunidade vacinal e a imunidade obtida após a doença (configurado pelo usuário) determinam o tempo no qual uma pessoa pode ser vacinada novamente e tornar-se suscetível (tendo ou não sido infectado pelo vírus anteriormente) ao vírus. 

A transmissão do vírus depende do encontro de duas pessoas, sendo que elas podem estar suscetíveis a contrair o vírus (verde), infectadas (vermelho), imunes (cinza) e vacinadas (amarelo). Este parâmetro seria análogo ao chamado coeficiente ß nos modelos baseados em equações diferenciais múltiplas S.I.R. ou S.E.I.R.

O uso de máscaras e procedimentos de higiene, as condições de saúde, o saneamento básico e a urbanização da localidade influenciam a velocidade com que o vírus se transmite numa localidade. A quantificação desses fatores é parametrizada no simulador pela probabilidade efetiva de transmissão denominado Índice de proteção contra o coronavírus (IPC). O qual foi desenvolvido pelo nosso coletivo (Ação Covid-19) e inclui indicadores sociais e territoriais, tornando-o mais completo do que o IDH. Através do IPC classificamos os diversos territórios em 5 níveis: muito alto, alto, médio, baixo e muito baixo. Para cada nível do IPC associamos nas simulações uma chance de transmissão do vírus pessoa para pessoa, respectivamente, 36% para o IPC muito alto, 37% para o nível alto, 39% para o nível médio, 41% para o nível baixo e 43% para o nível muito baixo. Assim, quanto menor o IPC maior a chance de se transmitir o vírus num encontro pessoa-a-pessoa.

Para calibrar o modelo testamos diversas taxas de transmissão até atingir a percentagem total de infectados da cidade de São Paulo estabelecida pelas pesquisas de soro prevalência (SoroEpi MSP, 2021) na fase 1, ademais fixamos a taxa de isolamento para este período segundo os dados do Governo do estado de São Paulo (2021). Posteriormente, realizamos o mesmo cálculo para a fase 2, fixando a nova taxa de isolamento neste período. Repetimos este procedimento considerando os resultados de todas as fases da pesquisa até chegar à última pesquisa de soroprevalência (fase 6).

A densidade populacional afeta a frequência de contato entre as pessoas no ambiente e consequentemente a possibilidade de transmissão do vírus. O número de pessoas na grade é variável o que permite investigar diferentes densidades demográficas. A calibragem entre o número de pessoas na grade do modelo e a densidade demográfica real das localidades que aparece no simulador (em habitantes/km²) foi feita usando a cidade de São Paulo. A dinâmica de deslocamento da população no ambiente é aleatória e se dá em pontos de uma grade contendo um total de 41 x 41 pontos (1681 pontos).

Referências: