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Proteção e Vulnerabilidade ao Covid-19 no Rio de Janeiro

Foto: Brian Stauffer for Human Rights Watch
Foto: Brian Stauffer for Human Rights Watch
Os impactos desiguais da pandemia na cidade do Rio de Janeiro se mostram relacionados às condições da vida urbana

Muito embora o novo coronavírus não faça distinção na escolha de seus infectados, a progressão e os impactos desiguais da pandemia na cidade do Rio de Janeiro se mostram diretamente relacionados às condições da vida urbana e seus indicadores sociais e econômicos. Como afirmado em edições anteriores deste boletim, seja através da demonstração das diferentes, por vezes inversas, curvas de contágio, ou seja através das taxas de letalidade mais expressivas nas favelas e periferias, se faz indispensável considerar a hierarquia de ocupação do solo da cidade na compreensão da prevalência da doença e, consequentemente, na definição de ações para seu enfrentamento.

Para além dos fluxos e pontos nodais da mobilidade urbana, da concentração de áreas de comércio e intensa circulação, da localização de hospitais e residência de profissionais de saúde, entre outros elementos já abordados, destacamos nesta edição as condições da vida na cidade a partir dos indicadores de infraestrutura urbana , de qualificação habitacional e de perfil demográfico . De forma inquestionável, estes elementos figuram como determinantes objetivos para disseminação do contágio bem como para maior ou menor prevalência dos casos em diferentes áreas da cidade. Por isso, desenvolvemos um modelo que se vale destes indicadores para projetar o avanço da pandemia com base nas disparidades sociais e econômicas brasileiras.