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Violência contra a mulher? Disque 180

As principais redes sociais e portais de notícias foram tomadas pela repercussão da publicação feita pela arquiteta Pamela Gomes de Holanda de um vídeo em que DJ Ivis a agride repetidamente

As principais redes sociais e portais de notícias foram tomadas pela repercussão da publicação feita pela arquiteta Pamela Gomes de Holanda de um vídeo em que DJ Ivis a agride repetidamente

No último domingo (11 de julho), as principais redes sociais e portais de notícias foram tomadas pela repercussão da publicação feita pela arquiteta Pamela Gomes de Holanda de um vídeo perturbador onde Iverson de Souza Araújo, mais conhecido como DJ Ivis, a agride repetidamente na presença de sua filha Mel de nove meses.

O caso está longe de ser episódio isolado, pelo contrário. Observa-se um aumento da porcentagem das agressões domésticas relatadas, que foram de 42% em 2019 para 48,8% no ano de 2021.

Ou seja, uma em quatro mulheres acima de 16 anos relata ter sofrido algum tipo de violência no último ano, segundo a terceira edição do relatório “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil" realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Instituto Datafolha.

A pandemia da COVID-19 redimensionou as vulnerabilidades e a violência doméstica, que já somava índices alarmantes em um país pré-pandêmico, e se intensificou com os altos índices de desemprego, insegurança alimentar se tornam catalisadores em um cenário onde o isolamento social é extremamente necessário e a convivência no espaço doméstico se tornou compulsória.

Mesmo que exista um corte racial e de classe, com as mulheres pretas e pobres sendo mais afetadas (28,3%), é importante evidenciar que a violência doméstica é multidimensional e não se reduz à vulnerabilidade financeira, como vimos no caso da denúncia de Pamela contra Dj Ivis. A violência doméstica também não se materializa apenas na violência física que acaba na retirada da vida, mas ela se estende pela psicológica, financeira, abusos sexuais e/ou morais.

Mesmo com relatórios, mapeamentos e campanhas para incentivar que as vítimas denunciem e busquem auxílio, existe um abismo entre todas as etapas do processo, desde identificar quem sofre a violência até a condenação do agressor. Para isso o Ação COVID-19 reforça aqui os canais de denúncia e acolhimento:

Como denunciar?

Disque 100

Ligue 180

Mensagem pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008

Telegram, no canal "Direitoshumanosbrasilbot"

Site da Ouvidoria do Ministério

Aplicativo "Direitos Humanos Brasil" (para iOS e Android)

Existem diversos canais de acolhimento e ajuda para vítimas de violência doméstica, o portal Mapa do acolhimento (https://www.mapadoacolhimento.org/ ou @mapadoacolhimento) consegue reunir em seu guia esses serviços e ainda se propõe, em uma rede solidária e voluntária, em colocar em contato advogadas e psicólogas com vítimas de violência.

Fonte: Visível e Invisível - Fórum Brasileiro de Segurança Pública