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Adiantar ou não adiantar a segunda dose da vacina?

Você está ficando confuso com toda essa conversa sobre o intervalo entre as doses e já não sabe se é melhor um intervalo longo ou curto?

Você está ficando confuso com toda essa conversa sobre o intervalo entre as doses e já não sabe se é melhor um intervalo longo ou curto?

O artigo com resultados dos ensaios clínicos da vacina Vaxzevria (Oxford/AstraZeneca) recomendou um período de 4 semanas entre a primeira e a segunda dose. Isso mudou rapidamente para 12 semanas devido a estudos complementares mostrando que uma dose era suficiente para proteger a grande maioria das pessoas contra sintomas graves da Covid-19. Atualmente, novos estudos indicam que o intervalo maior induz melhor imunidade.

A vacina BNT162b2 (Pfizer/BioNTech) foi dada com 21 dias de intervalo entre a primeira e a segunda dose. Porém novos estudos indicam que a eficácia continua alta mesmo se a segunda dose for dada com 3 meses de intervalo, o que aumentaria o tempo de proteção da vacina e permitiria que mais pessoas fossem vacinadas com a primeira dose.

Similarmente, as doses da Coronavac são dadas com 21 dias de intervalo. No entanto, novos estudos também indicaram que a eficácia é melhor com um tempo maior entre as doses, o que foi confirmado pela Sinovac, empresa chinesa que desenvolveu a vacina.

Com todos esses resultados apontando para uma maior e mais longa eficácia quando as doses são dadas com um grande intervalo, por que estamos ouvindo falar que as segundas doses devem ser adiantadas?

Infelizmente, não é drama! Estes estudos iniciais foram feitos com as variantes originais do coronavírus. Mas estudos publicados mais recentemente mostraram que apenas uma dose das vacinas disponíveis atualmente não é eficaz contra a variante Delta (menos de 30 pessoas a cada 100 vacinados estariam imunes contra ela). Portanto, a segunda dose é mais importante do que nunca e, por isso, ela está sendo adiantada no mundo todo. Não perca a sua!

(Fontes: The Lancet, Sinovac, British Medical Journal, Public Health England, KFF.org, New England Journal of Medicine, Nature)